sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ida à Praia do Dólar no pico da estação seca

Durante a estação seca, entre Maio e Setembro, a temperatura média em Díli desce um pouco (mas nunca abaixo dos 28ºC) e a encosta norte de Timor veste-se de tons laranja e acastanhados. A vegetação e as ribeiras secam totalmente. As populações fazem queimadas e recolhem lenha para cozinhar o resto do ano.

Aproveitando a vinda da Sara e do Pedro, regressámos à Praia do Dólar que fica a alguns quilómetros a este de Díli. Pelo caminho, fotografámos as paisagens secas e os azuis do mar, que, como sempre, encantaram-nos.

Vista sobre a Praia dos Portugueses

Baía da Praia dos Portugueses

Efeitos do coral nas cores da água

Outras praia pelo caminho

Arrozais secos

Arrozais mortos

A barraca com parabólica

Cabana à beira da estrada

Praia deserta

Túmulo

Praia de pescadores

Última praia antes da "nossa"
Ei-la! A "nossa" praia do Dólar vista da estrada!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Fachada do Hotel Timor

Satisfazendo uma promessa antiga, aqui está uma foto da fachada do Hotel Timor (mais vale tarde do que nunca, não é?)
O projecto inicial do edifício do Hotel Timor é datado de 1972 e teve a intervenção do avô duma grande amiga nossa. Contudo, entre 1976 e 1999, este funcionou sob a designação de Hotel Mahkota, tendo sido incendiado em Setembro de 1999 e abandonado durante os distúrbios que precederam a retirada da Indonésia do país.
A recuperação e exploração desta unidade hoteleira esteve a cargo da Fundação Oriente, ao abrigo dum protocolo celebrado com o Governo de Timor-Leste. A Fundação realizou obras de total recuperação e o novo Hotel Timor foi inaugurado em 20 de Maio de 2002, data da restauração da independência de Timor-Leste.
Para quem está a pensar vir a Timor-Leste e quer mais informações sobre este hotel, vejam aqui.
Rijo, confirma lá, o que existe hoje em dia tem alguma coisa a ver com o projecto inicial? =)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O fascínio das ilhas

As ilhas há muito que fazem parte do nosso imaginário e exercem sobre um nós um fascínio inexplicável. O isolamento, a distância, a constante presença do mar que a outros causa claustrofobia atrai-nos como se de territórios mágicos se tratassem.
O Bruno acalenta há anos o sonho de ir viver para os Açores (quem sabe, um dia!) e elege sem hesitação as ilhas como o seu destino de férias preferencial. Talvez não tenha sido por acaso (certamente não foi) que viemos para a esta ilha perdida entre dois oceanos, rodeada ela própria por milhares de outras ilhas de todas as dimensões e formas.
Quando percorremos a rota de Bali para Díli sobrevoamos centenas de ilhas indonésias que nos deixam a imaginar quem serão as gentes que lá habitam, o que fazem, do que vivem, que paisagens inexploradas estarão lá escondidas, perdidas do tempo e das rotas do turismo de massas... São, na sua maioria, micro-ilhas que surgiram à volta da cratera dum vulcão. Na impossibilidade de as visitar a todas, ficam os registos fotográficos de quem as sobrevoa e suspira de curiosidade!
Nota: segundo a Wikipedia, este é o maior arquipélago do mundo, compreendendo cerca de 17 508 ilhas!









sábado, 8 de outubro de 2011

Turistas em Timor-Leste!

Nas últimas duas semanas, tivemos a companhia da Sara (irmã da Joana) e do Pedro (o namorado)! Vieram de Lisboa para passar três semanas no sudeste asiático, duas delas em Timor-Leste! E foi tão bom!
Foi a primeira visita que recebemos desde que nos mudámos e sabemos que infelizmente não teremos muitas mais! A longa distância que nos separa da terra-natal, a estranheza dum país exótico e sub-desenvolvido que tão mal conhecemos, o medo das doenças tropicais e da violência que ocasionalmente desponta, os preços proibitivos das viagens de avião necessárias para cá chegar… são muitas as razões que levam a que o fluxo de turistas portugueses em Timor-Leste seja muito reduzido, sobretudo quando comparado com os aventureiros que chegam da Austrália ou daqueles que decidem fazer aqui uma paragem durante um périplo pelo sudeste asiático! E por mais que tentemos convencer os nossos familiares e amigos a cá virem, deparamo-nos sempre com argumentos válidos que dificilmente poderemos rebater, e só nos resta esperar que num momento de coragem comprem a viagem e não se arrependam mais tarde.
Felizmente, a Sara convenceu-se a vir visitar-nos ainda nós não tínhamos descolado de Lisboa! Mais aventureira do que a conhecíamos, com um espírito aberto para receber o que de bom esta terra tinha para lhe oferecer, percorreu a costa norte da ilha de lés-a-lés na companhia do Pedro. De mochila às costas, descobriram as paisagens maravilhosas da ilha, deliciaram-se com a temperatura do Mar de Banda, conheceram a história e as gentes, provaram sabores novos, depararam-se com animais exóticos e surpreenderam-se a cada dia com as originalidades desta ilha!
Acreditamos que saíram daqui mais ricos, com mais mundo e uma visão diferente deste país! Foram provavelmente as duas melhores semanas do ano que aqui tivemos e esperamos que para eles também! E que todas as expectativas que traziam na bagagem tenham sido completamente superadas!
Obrigada pela visita, pela companhia e pela alegria que nos trouxeram! Já estamos cheios de saudades!
Jaco

Praia do Dólar

Duas baixas de peso!

Já várias pessoas nos tinham dito que um dos aspectos mais duros de viver em Timor-Leste é o facto das amizades que se vão criando terem, à partida, um prazo determinado. De facto, tal como nós, a maioria dos estrangeiros que cá está veio com a perspectiva de partir ao fim de seis meses, um ano ou dois anos. Isto faz com que ocasionalmente o grupo de amigos que se vai criando sofra algumas baixas de pessoas que partem e muitas vezes já não voltam!

Ainda não tínhamos sentido esta dificuldade na pele, mas o mês de Setembro reservou-nos algumas tristezas associadas a duas baixas de peso: primeiro o Moisés e depois a Raquel! Provavelmente as pessoas que melhor nos receberam, de coração aberto, que nos enturmaram e que partilharam connosco gargalhadas verdadeiras e tristezas sentidas. Duas pessoas que nos marcaram pela sua força e postura na vida! Duas amizades que sabemos não terem prazo! Vão fazer-nos muita falta, amigos!

Joana e Raquel no veleiro da despedida ao largo de Díli