Como já aqui dissemos, aproveitámos estes dias de férias para voltar a
Portugal e a Singapura, onde ficámos apenas dois dias mas que foram muito bem
aproveitados. Assim, pudemos conhecer alguns marcos da cidade que ainda não
tínhamos visitado e rever aqueles de que mais gostámos.
A primeira manhã em Singapura foi passada no histórico Jardim Botânico de
Singapura, que fica já fora do centro da cidade e obriga a uma caminhada de
cerca de vinte e cinco minutos para quem sai na estação de metro da Orchard (segue-se
até ao fim da ponta oeste da Orchard e depois um pouco para norte). A entrada é
livre, excepto na área do Jardim Nacional das Orquídeas, onde muitas novas espécies
têm sido desenvolvidas ao longo dos anos (para quem não sabe, a orquídea “Vanda
misses Joaquim” é a flor nacional de Singapura).
O tempo estava óptimo e passámos toda a manhã a caminhar, a aproveitar as
sombras, a ver senhoras a fazer Tai-chi-chuan e esta revelou-se mesmo a melhor
opção para os nossos corpos e mentes começarem a habituar-se novamente ao fuso
horário, ao calor e à humidade da Ásia.
Vimos plantas, árvores e animais de todo o mundo. E que animais esperamos
encontrar num jardim botânico? Melros, cisnes, esquilos e... lagartos-monitor?!
Não, encontrar um lagarto-monitor gigante a sair do lago em corrida com uma
enguia ainda viva na boca não estava nos nossos planos mas aconteceu! Parece que
vive um casal destes pequenos monstros no Jardim, mas ninguém nos avisou disso
(descobrimos depois na internet ao tentar saber que raio de bicho era aquele). Por
isso, podem imaginar o susto que a Joana apanhou ao presenciar este momento tão
National Geographic! Depois duma corrida em marcha-atrás, alguns gritos, muita
pele de galinha e um passeio quase arruinado pelo momento flagrante na pescaria
do réptil gigante, lá decidimos continuar pelo jardim, mantendo-nos bem
afastados do lago!
No final de contas, valeu bem a pena (e o que seria de nós se não houvesse
um susto ou uma peripécia envolvida para disparar a adrenalina dum simples
passeio no jardim? Ahah). O Jardim é enorme e dava bem para lá passarmos o dia
inteiro se optássemos por isso. Tem diferentes áreas, muitas zonas de descanso,
alguns restaurantes e uma loja de souvenirs maravilhosa, repleta de objectos
giros e originais (de inspiração antiga e contemporânea) que evocam não só o
Jardim e as orquídeas mas toda a cidade.
Já cansados, decidimos almoçar no Nando’s, a cadeia de frango no churrasco que
teve início na África do Sul pela mão dum português (o tal Nando) e que hoje é
marca de sucesso um pouco por todo o mundo, com especial ênfase na Austrália,
onde é um verdadeiro fenómeno. Já ouvimos muitos portugueses a criticar a
qualidade do restaurante e do frango que lá é servido, mas, tendo em conta que
é fast-food, por nós está aprovadíssimo. Tem uma imagem divertida e moderna,
bebidas frescas e saborosas (recomendamos a Madeira Limonade, que é uma
limonada com romã, deliciosa!) e um frango decente, tudo acompanhado da imagem
estilizada de diversos símbolos da portugalidade (desde o galo às quinas). Dá mil
a zero à maioria das cadeias de fast-food mais populares e deveria ser motivo
de orgulho de todos os portugueses.
A seguir ao almoço ainda tivemos tempo para visitar o histórico Goodwood
Park Hotel (perto do metro da Orchard), antigo clube privado alemão e que
sempre tem rivalizado com o Raffles Hotel em popularidade entre as vedetas que
escolhem um hotel histórico para ficar em Singapura.
Uma bela manhã, não acham?
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O belíssimo portão da entrada no Jardim (para quem vem da Orchard) |
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Árvores frangipanis ladeam o caminho |
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O lago dos cines |
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O Jardim |
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A cascata |
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Entrada do Jardim Nacional das Orquídeas |
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Orquídeas |
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Nós e ao fundo, no lado, o palco onde uma orquestra dá concertos habitualmente |
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Nós, o jardim e a água |
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Praça das palmeiras, onde fica o restaurante Vila Verde (!) e a loja de souvenirs |
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Relógio junto à entrada pela Cluny Road |
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Goodwood Park Hotel |