sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Gardens by the Bay


No dia seguinte, partimos à descoberta da mais recente atracção turística de Singapura: o Gardens by the Bay.

Se no dia anterior tínhamos visitado um jardim botânico clássico, hoje esperáva-nos algo totalmente futurista. Uma criação que nos remeteu para o planeta Pandora, o cenário do filme Avatar. Não nos teríamos admirado, ao entrar ali, se tivessemos encontrado seres azuis de longas tranças a andar dum lado para o outro!

A visita a este jardim, que ainda estava em construção quando lá estivemos no início do ano, como podem ver aqui, foi-nos sugerida pelo funcionário do Metro que nos indicou a saída correcta para chegarmos ao jardim do dia anterior. Segundo o senhor, era a este jardim que tínhamos de ir. Disse-nos que o Gardens by the Bay é o novo ex-libris da cidade que muito orgulha os seus habitantes e tem causado furor entre os turistas. Ficámos com a pulga atrás da orelha e por isso lá fomos nós.

Fica entre o Marina Bay Sands e a Marina Barrage (a barragem com cobertura de relva que serve de parque para piqueniques e lançamento de papagaios de papel), cobrindo uma área de 110 hectares dividida em diferentes conceitos de jardim. A entrada é livre, excepto nas duas estufas e no passeio aéreo (com preços caros e discriminatórios para estrangeiros não-residentes!). Dispensámos as estufas, mas subimos até ao OCBC Skyway para ter uma vista elevada sobre a área circundante. E foi uma magnífica opção, da qual não nos arrependemos!

O OCBC Skyway fica na floresta das super-árvores, que são estruturas em forma de árvore com uma altura que varia entre os 25 e os 50 metros e dominam a paisagem do jardim. Na verdade, são enormes jardins verticais, onde crescem espécies raras de fetos, trepadeiras e orquídeas, entre outras tantas que os nossos escassos conhecimentos de botânica não permitiram identificar. O OCBC Skyway liga duas destas super-árvores e permite aos visitantes obter uma vista fantástica do jardim e de outros símbolos da cidade que o rodeiam (tais como, o Marina Bay Sands e a Singapore Flyer).

Cá em baixo, os espaços são agradáveis e diversificados. Dá para passar o dia inteiro a explorar recantos e a descobrir novos lagos, estátuas e pontes. Mas, como a fome já apertava, decidimos dar um breve passeio, passar pela loja das lembranças e partir à procura de almoço.

No fim, ficámos com a sensação de ter visto algo único no Mundo, um jardim ímpar que desafia a nossa imaginação, e demos razão ao senhor do Metro que nos disse que foram ali investidos milhões de dólares mas que o resultado obtido seria capaz de nos surpreender e impressionar. Acertou!

O conceito de jardim botânico elevado a uma nova dimensão


Só faltam os olhos à chinês!

Floresta das super-árvores

OCBC Skyway - Percurso nas alturas

Lá atrás, outro colosso: Marina Bay Sands

Lá atrás, uma das duas estufas gigantes de plantas
 
Lá em baixo, o jardim sempre a crescer até que deixem de se ver as estruturas metálicas

Estas estruturas gigantes são na verdade jardins verticais que abrigam diversas plantas autóctones da Ásia

Lá atrás, Singapore Flyer, outro ícone da cidade

Adivinhem qual de nós infringiu uma destas proibições? Já agora, qual proibição acham que foi?
(as respostas estão mais abaixo)


Floresta urbana

Uma nova espécie de super-árvore nasceu

Lago das libelinhas (porque é que tem de ser tudo gigante?)

Jardim chinês

Só de olhar para este Buda dá vontade de rir, não acham? Gordinho bem-disposto! Ahahah

Quem infringiu foi o Bruno porque para testar a qualidade da estrutura (imaginem) pôs-se ali aos saltos. Ou talvez tenha sido só para assustar a Joana, tal foi a gargalhada solta ao ver o pânico na cara dela! Felizmente, ninguém viu porque, passando isto em Singapura, ainda acabávamos na cadeia por tal gracinha =) Então adivinharam? Deixem um comentário com as vossas apostas iniciais (sejam sinceros)!

domingo, 12 de agosto de 2012

Noite em Clarke Quay e Marina Bay Sands

No primeiro dia de veraneio em Singapura, como o tempo estava excelente (temperatura amena e níveis de humidade bastante suportáveis), decidimos jantar em Clarke Quay, um bairro restaurado junto ao rio, que é hoje uma animada zona de restaurantes e bares. Optámos pelos sabores dos mariscos asiáticos e ficámos satisfeitos. De seguida, fomos queimar algumas das calorias ingeridas numa caminhada à beira rio que terminou no Esplanade Park. Pelo caminho fomos apreciando as iluminações nocturnas e já no parque, por volta das 9h30, pudemos apreciar a extravagância do espectáculo de luz e som que ocorreu no “incontornável” Marina Bay Sands :) Mais uma vez, Singapura recebeu-nos de braços abertos!
Bruno na Read Bridge, de costas para Clarke Quay

Clarke Quay, Hill Street Building (onde fica o Ministério da Informação) e Colonial Core

Riverside Point

As iluminações de Clarke Quay e Riverside Point reflectidas no rio 

A iluminação nocturna de Raffles Place


O edifício do novo Parlamento

Museu das Civilizações Asiáticas (à esquerda) e The Fullerton Hotel (à direita)

O magnífico The Fullerton Hotel

Marina Bay Sands visto do Esplanade Park

As redomas do Esplanade - Theaters on the Bay

Anderson Bridge na foz do rio de Singapura

Show de luz e som

Extravagância em Singapura e o delírio do Bruno agarrado à máquina fotográfica

Espectacular vista do Marina Bay Sands, a partir do Esplanade Park

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Jardim Botânico de Singapura

Como já aqui dissemos, aproveitámos estes dias de férias para voltar a Portugal e a Singapura, onde ficámos apenas dois dias mas que foram muito bem aproveitados. Assim, pudemos conhecer alguns marcos da cidade que ainda não tínhamos visitado e rever aqueles de que mais gostámos.
A primeira manhã em Singapura foi passada no histórico Jardim Botânico de Singapura, que fica já fora do centro da cidade e obriga a uma caminhada de cerca de vinte e cinco minutos para quem sai na estação de metro da Orchard (segue-se até ao fim da ponta oeste da Orchard e depois um pouco para norte). A entrada é livre, excepto na área do Jardim Nacional das Orquídeas, onde muitas novas espécies têm sido desenvolvidas ao longo dos anos (para quem não sabe, a orquídea “Vanda misses Joaquim” é a flor nacional de Singapura).
O tempo estava óptimo e passámos toda a manhã a caminhar, a aproveitar as sombras, a ver senhoras a fazer Tai-chi-chuan e esta revelou-se mesmo a melhor opção para os nossos corpos e mentes começarem a habituar-se novamente ao fuso horário, ao calor e à humidade da Ásia.
Vimos plantas, árvores e animais de todo o mundo. E que animais esperamos encontrar num jardim botânico? Melros, cisnes, esquilos e... lagartos-monitor?! Não, encontrar um lagarto-monitor gigante a sair do lago em corrida com uma enguia ainda viva na boca não estava nos nossos planos mas aconteceu! Parece que vive um casal destes pequenos monstros no Jardim, mas ninguém nos avisou disso (descobrimos depois na internet ao tentar saber que raio de bicho era aquele). Por isso, podem imaginar o susto que a Joana apanhou ao presenciar este momento tão National Geographic! Depois duma corrida em marcha-atrás, alguns gritos, muita pele de galinha e um passeio quase arruinado pelo momento flagrante na pescaria do réptil gigante, lá decidimos continuar pelo jardim, mantendo-nos bem afastados do lago!
No final de contas, valeu bem a pena (e o que seria de nós se não houvesse um susto ou uma peripécia envolvida para disparar a adrenalina dum simples passeio no jardim? Ahah). O Jardim é enorme e dava bem para lá passarmos o dia inteiro se optássemos por isso. Tem diferentes áreas, muitas zonas de descanso, alguns restaurantes e uma loja de souvenirs maravilhosa, repleta de objectos giros e originais (de inspiração antiga e contemporânea) que evocam não só o Jardim e as orquídeas mas toda a cidade.
Já cansados, decidimos almoçar no Nando’s, a cadeia de frango no churrasco que teve início na África do Sul pela mão dum português (o tal Nando) e que hoje é marca de sucesso um pouco por todo o mundo, com especial ênfase na Austrália, onde é um verdadeiro fenómeno. Já ouvimos muitos portugueses a criticar a qualidade do restaurante e do frango que lá é servido, mas, tendo em conta que é fast-food, por nós está aprovadíssimo. Tem uma imagem divertida e moderna, bebidas frescas e saborosas (recomendamos a Madeira Limonade, que é uma limonada com romã, deliciosa!) e um frango decente, tudo acompanhado da imagem estilizada de diversos símbolos da portugalidade (desde o galo às quinas). Dá mil a zero à maioria das cadeias de fast-food mais populares e deveria ser motivo de orgulho de todos os portugueses.
A seguir ao almoço ainda tivemos tempo para visitar o histórico Goodwood Park Hotel (perto do metro da Orchard), antigo clube privado alemão e que sempre tem rivalizado com o Raffles Hotel em popularidade entre as vedetas que escolhem um hotel histórico para ficar em Singapura.
Uma bela manhã, não acham?
O belíssimo portão da entrada no Jardim (para quem vem da Orchard)

Árvores frangipanis ladeam o caminho

O lago dos cines

O Jardim


A cascata

Entrada do Jardim Nacional das Orquídeas

Orquídeas



Nós e ao fundo, no lado, o palco onde uma orquestra dá concertos habitualmente

Nós, o jardim e a água

Praça das palmeiras, onde fica o restaurante Vila Verde (!) e a loja de souvenirs

Relógio junto à entrada pela Cluny Road

Goodwood Park Hotel