O café de Timor, conhecido pela sua amarguez intensa, é produzido em vários locais dispersos da ilha, de modo ainda semi-industrial e como parte integrante da economia doméstica. Em Liquiçá e Ermera, quem não tem as suas próprias plantações trabalha nas dos outros. Porém, o abandono a que a produção de café foi condenada durante a ocupação indonésia dificulta o recomeço desta actividade: os pés de café estão demasiado velhos e a sua substituição é bastante cara.
Assim, o papel da cooperação internacional no desenvolvimento da produção de café tem sido vital: Portugal e Espanha têm sido dos principais impulsionadores deste projecto, enviando engenheiros agrónomos e técnicos especializados em café para as várias fazendas da ilha. O seu trabalho teórico e prático é reconhecido e valorizado pelos locais, provando que muitas vezes, mais do que dinheiro, a ajuda externa deveria consistir no envio de mão-de-obra especializada para projectos concretos e com objectivos específicos, contribuindo para “deixar obra feita” e melhorar significativamente o nível de vida das populações locais! Isto seria especialmente importante agora que Portugal enfrenta uma grave crise financeira e uma taxa de desemprego preocupante: em vez de financiarmos, com o dinheiro que não temos, projectos que muitas vezes não saem do papel, passariamos a destacar mão-de-obra portuguesa para este tipo de projecto (de certeza que ficaria mais barato e seria mais útil para ambos os países! E interessados não devem faltar)!
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Os tanques para lavagem dos grãos |
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As moagens |
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O armazém da secagem |
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A "maternidade" |
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Pés de café |
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Madres del cacao que rodeiam a Fazenda e dão sombra aos pés de café |
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Máquinas de outros tempos |
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