segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Singapura - Boat Quay e Raffles Place

 Depois de Chinatown, fomos conhecer a margem sul do Colonial Core.
Começámos na Elgin Bridge e seguimos por Boat Quay. Esta é a estreita rua pedestre, que fica junto à margem do rio, repleta de casas restauradas e convertidas em pequenos restaurantes, lojas e bares. Durante o século XIX, os supersticiosos comerciantes chineses acharam que a curva da margem sul do rio fazia lembrar a barriga duma carpa, um sinal de prosperidade, e decidiram criar aqui o centro da actividade comercial da cidade. Todas as mercadorias eram aqui transaccionadas e todos os barcos  carregados e descarregados. No entanto, a evolução da indústria naval e a construção do porto, fizeram com que Boat Quay perdesse o papel central no comércio feito a partir do rio. Os barcos foram retirados e os comerciantes acompanharam a mudança. Durante décadas, Boat Quay entrou lentamente em declínio até se tornar numa zona deserta e desoladora. Já em 1986, o governo começou a restaurá-la como parte do projecto de conservação de zonas históricas da cidade. As velhas casas e os armazéns abandonados foram recuperados e revitalizou-se a linha de água ao tornar a zona pedestre e de lazer, onde se podem saborear os típicos caranguejos de Singapura.
Edifício em South Bridge Road

Elgin Bridge - construída em 1929 e baptizada em homenagem a Lord Elgin, Governador Geral da Índia à data

Hill Street Building

Complexo do Parlamento

Vista de Raffles Place e vislumbre do Marina Bay Sands

Boat Quay
Os pubs de Boat Quay
Boat Quay termina em Raffles Place, o quarteirão dos arranha-céus e o coração do mundo financeiro de Singapura. Aqui encontram-se os três edifícios mais altos da cidade: o UOB Plaza, OUB Center, ambos desenhados pelo arquitecto japonês Kenzo Tange, e o Republic Plaza. Todos medem cerca de 280 metros. Também é aqui que fica o edifício do Bank of China, um dos primeiros arranha-céus do Sudeste Asiático.
Raffles Place acompanha o rio até à sua foz, onde hoje fica o The Fullerton Hotel (em tempos, um forte). A foz do rio dá para a Marina Bay e já em Clifford Pier (lugar onde se passa a acção de “Lord Jim”, de Joseph Conrad) virado para a baía, encontramos a escultura do Merlion a guardar a entrada do rio, esta figura mitológica, que é metade peixe e metade leão, é o símbolo da cidade. Do outro lado da baía, erguem-se as novas atracções da cidade: o Singapore Flyer (roda-gigante) e o Marina Bay Sands, que é um complexo de três arranha-céus unidos no topo por uma espécie de barco ou prancha de surf!

Cavenagh Bridge e The Fullerton Hotel, que em 1925 substituiu o Forte Fullerton e cuja fachada colonial domina a foz do rio

Vista de Raffles Place sobre Elgin Bridge e a margem norte do rio

Vista de Raffles Place sobre o Museu das Civilizações Asiáticas na margem norte do rio

Vista sobre Elgin Bridge e Boat Quay

Raffles Place

UOB Plaza

Na entrada do UOB Plaza encontra-se a escultura "Homenagem a Isaac Newton", de Salvador Dali 

O Pássaro, de Botero

Cavenagh Bridge - a única ponte suspensa da cidade, onde ainda se podem ver sinais a proibir a passagem de carruagens puxadas a cavalos 

Boat Quay

A curva da barriga da carpa

Raffles Place

Anderson Bridge - construída em 1910 para aliviar o tráfego na Cavenagh Bridge

Cavenagh Bridge com Raffles Plaza à esquerda e o Esplanade Park à direita

Debaixo da ponte na foz do rio

Esplanade - Theaters on the Bay, com a sua forma de carapaça com espinhos

O novo e o antigo - Marina Bay Sands e Merlion

Merlion e Raffles Place

Marina Bay Sands e à esquerda o Museu de Arte e Ciência inspirado na flor de lótus 

A foto da praxe

Singapore Flyer - a maior roda de observação do mundo (atinge os 165m) é uma das mais recentes atracções de Singapura

O estádio flutuante ainda em construção
Tiradas as fotos da praxe (excepto aquela que os turistas asiáticos mais adoram que é quando esticam os bracinhos e criam a ilusão de estarem a segurar no tal barco no topo do Marina Bay Sands!), atravessámos a Anderson Bridge para a margem norte do rio e descansámos no Esplanade Park, um dos parques ao ar livre mais populares durante a era colonial. Passeámos ao longo do Queen Elizabeth Walk e terminámos a tarde a ver o pôr-do-sol a partir do Esplanade – Theaters on the Bay, que em 2002 gerou controvérsia à volta da sua arquitectura radical.
O dia terminou com um delicioso jantar típico de Singapura: caranguejo com pimenta preta, junto à praia de East Coast Parkway.

No Esplanade Park, de costas para Raffles Place

Lim Bo Seng Memorial no Esplanade Park: tributo ao herói chinês da 2.ª Guerra Mundial que combateu ao lado das forças inglesas até ser capturado e torturado até à morte por japoneses em 1944

Raffles Place visto do Esplanade Park

Pôr-do-sol reflectido no Marina Bay Sands

Raffles Place visto do Esplanade - Theaters on the Bay

1 comentário:

  1. Estou a adorar a visita guiada a Singapura!! Estão todos bonitos nas fotografias...com uma óptima cor...ninguém diria que antes tinham estado no frio de Portugal ;) Beijinhos

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