A Pousada de Baucau é, na nossa opinião, um dos mais agradáveis sítios para passar o fim-de-semana fora de Díli. Aqui sabemos sempre com o que contar (um dos maiores entraves às saídas para os distritos é que nunca sabemos se vamos encontrar dormida, um sítio onde jantar, ou sequer onde beber um café! Na verdade, até existem algumas pousadas, estalagens e guest houses espalhadas por todo o país, mas como os respectivos “gerentes” raramente atendem o telemóvel, não dá para reservar e podemos lá chegar e os quartos estarem todos ocupados, ou não ser possível almoçar porque os funcionários foram para um casamento ou funeral!).
Na Pousada de Baucau, pelo contrário, sabemos desde logo que vamos encontrar níveis de conforto e profissionalismo bem acima da média timorense. Para começar, é possível fazer reservas por telefone ou online (e neste último caso a resposta é recebida em menos de vinte e quatro horas). Os quartos cumprem todos os requisitos mínimos: cama de casal com roupa a cheirar a limpo, ar condicionado e casa-de-banho privada (se bem que já a precisar dumas obras). O restaurante é da melhor qualidade, num misto de cozinha timorense e portuguesa e com o mimo de ter leite-creme na lista de sobremesas!
O edifício em si é muito pitoresco, todo cor-de-rosa (parece uma casinha de bonecas) e com uns jardins bem cuidados, onde até podemos assistir a autênticas macacadas.
Segundo o site oficial: “O ínicio da Pousada de Baucau data dos finais dos anos 50, com o nome “Estalagem de Santiago”. Adquiriu a actual denominação nos finais dos anos 60, tendo sido ampliada e melhorada. Durante o período de ocupação indonésia passou a chamar-se “Hotel Flamboyang”, tendo também sido a sede regional dos serviços secretos do exército indonésio e servido de prisão nalgumas das suas instalações. Foi profundamente reabilitada e ampliada nos princípios de 2002, readquirindo a denominação anterior de “Pousada de Baucau”. A 13 de Maio de 2002 reabriu com a presença do Comandante Xanana Gusmão e do Bispo de Baucau, Dom Basílio de Nascimento.”
Estão previstas mais obras de reabilitação e ampliação, incluindo a construção dum auditório que capacitará a Pousada para receber outro tipo de eventos que não os meramente turísticos.
Um espaço que vale bem uma visita e onde regressaremos já neste fim-de-semana prolongado que se aproxima para um belo almoço entre amigos!
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Os macacos da Pousada a comer banana no mata-bicho (que em tétum significa "pequeno-almoço") |
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Mais macacadas |
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O restaurante |
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A eescadaria da entrada |
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A recepção |
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O Bruno já mata-bichou e está pronto para se fazer à estrada |
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Foto "para mais tarde recordar" na entrada da Pousada |
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Vista dos jardins e da ala dos quartos |
Que belas recordações...depois de ter aterrado em Timor em 1969, com um calor sufocante, foi nesta pousada que pude tomar um banho e estabelecer os primeiros contatos com as gentes timorenses... Mais tarde partir de avioneta para Díli...
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